Por estes dias vê-se muitos festejos de Carnaval, muita alegria, muita folia e muita maluqueira pelo meio. Se é verdade que já gostei muito destas festas, também é verdade que hoje em dia prefiro ficar um pouco mais desligado das máscaras e das algazarras. Talvez, quando eu era criança essas festas tinham outro encanto... hoje em dia, penso... Para quê Carnaval se já vivemos debaixo de "máscaras" e meras aparências todos os dias?
Às vezes a máscara deixa de ser um mero adereço e passa a tornar-se num símbolo de carácter enganoso. Vemos isso nas histórias de banda desenhada em que a máscara não esconde somente a identidade, mas transforma a vida de quem a possui. Os super-heróis colocam as máscaras e transformam-se naquilo que não são à frente dos outros. A máscara é um modo de disfarce que não faz as pessoas saberem quem somos nós (esconde a identidade).
Mas, maior que a máscara física, existe uma grande máscara psicológica que pouca gente admite usá-la, mas é mais comum do que aquilo que achamos possível. Todos os dias há quem dê aquele sorriso que tenta esconder as nossas maiores fragilidades, e ainda tenta-se complementar essa máscara com um "Sim, está tudo bem." quando se pergunta "Como estás?". Não será isto já uma máscara suficiente para suportar durante todo o dia-a-dia? Pois bem, eu acho que sim.
Há quem ainda, debaixo dessas máscaras todas comece a esconder ainda mais as fragilidades e sentimentos dentro de uma grande caixa... Todas essas expressões até podem querer sair dessa caixa, mas existe uma força maior que impede as pessoas de viverem plenamente cada momento.
Para todos que apreciam este festejos, não tenho nada contra e desejo-vos um bom Carnaval sem as últimas máscaras que falei, de preferência! ;)
